Livros de Literatura e História do Amapá

Livros de Literatura e História do Amapá
O Benzedor de Espingarda: Paulo Tarso, Nos Céus da Vida: José Pastana, CD Acalantos Poéticos: Pastana e outros poetas, Coletânea (poetas, contistas e cronistas do Meio do Mundo): Org. Manoel Bispo, A Cultura do Amapá em fotografias: Augusto Oliveira versão em Francês Katiúscia Fernades, Amapá: vivendo a nossa história - Maria Emília Brito Rodrigues e Marcelo André Soares

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

BIOGRAFIA E OBRA DE JOSÉ PASTANA



José Queiroz Pastana nasceu dia 27 de novembro de 1964, no distrito de Fazendinha, na cidade de Macapá / AP. Filho de Albertino Pastana e Maria de Nazaré Queiroz Pastana. Fez o curso primário na Escola José do Patrocínio, depois completou o 1º grau na Escola Dom Aristides Piróvano, o 2º grau na Escola Integrada de Macapá e o curso de Ciências Imobiliária no CETREDE-CE.
Lançou também as obras:  “No Meio do Mundo” (1997); “Acalantos Poéticos (1999) – primeiro CD de poesia no Estado do Amapá e a revista “Amapá Cultural” (2000), parceria com Ricardo Pontes, Sânzia Brito e Leão Zagury, José Pastana idealizou também, com Ricardo Pontes e Leão Zagury, vários projetos culturais: Projeto Raízes, Festival Amapaense de Poesia, Documentário sobre a Literatura Amapaense -  Amazon Sat, Galeria de Artes Literária, Encontro de Escritores da Região Norte, poesia em CD, exposição itinerante, intercambio com outros estados e países, palestras, simpósio e fundou algumas entidades culturais: clube dos Poetas, Sindicato dos Escritores e Cooperativa de Arte Literária – UNARTE.
Participou da Semana Cultural na Guiana Francesa – Caena (2000) e foi um dos organizadores do II Femac e jurado no III Femac e II Fejoca. Recebeu condecorações pelos inúmeros projetos e eventos culturais realizados no Estado, entre eles: Título Honorífico e Votos de Congratulações (Câmara de Vereadores) e Prêmio Destaque de 1996 (Fundecap).

MURURÉ                                                                 
José Queiroz Pastana

Mururé na preamar,
Sorridente como a flor.
Na vazante do rio,
Vai como o beija-flor.

Nos igarapés e lagos,
Prolifera rapidamente.
Dominante nas águas,
Navega em noite branda.

Verdejante calmaria,
Jazer serena no mar.
Na calada da noite,
Desabrocham as flores.

Mururé flutuante,
Nos igarapés e lagos.
Esparramam as cores,
Do arco-íris no mar.

MURURÉ (Original: José Queiroz Pastana)                                                                

Tradução: Edna Bueno, Joana da Paz Silva,
Mackelle Araújo, Sillianne da Silva.

Mururé en haute marée,
Souriant comme la fleur.
Dans la basse marée du fleuve,
Il va comme le colibri.

Dans les ‘igarapés²’ et lacs,
Proliféra rapidement.
Dominant dans les eaux,
Navigue dans la nuit souple.

Verdoyante bonace,
Gésir sereine dans la mer.
Dans le silence de la nuit,
Èclorent les fleurs.

Flottant Mururé,
Dans les ‘igarapés’ et lacs.
De  l’arc-en-ciel dans la mer
éparpillent les couleurs.

² - bra de rivièr

ANÁLISE DO POEMA TEXTO “MURURÉ”

Baseado nos estudos de Massaud Moisés (2005) para fazer análise de um texto poético, a poesia será entendida como expressão do ‘eu’ por meio de metáforas, posto que a mesma é polivalente por natureza. Nesse sentido, buscamos realizar uma análise do poema texto “Mururé”, de autoria do poeta José Pastana (2003) em sua essência, e não na forma.
O poema “Mururé” é composto de 16 versos, disposto em 4 estrofes. Observamos que nesta obra o poeta retratou a beleza da natureza regional.
Na primeira estrofe observamos que o poeta fala do mururé como se este estivesse bailando sensualmente na preamar (maré alta) feliz como um beija-flor.
Na segunda estrofe o autor descreve sua predominância nos lagos e rios da região, onde viajar calmamente nas noites, como se estivesse passeando com o fenômeno da natureza da encher e vazar das águas.
Na terceira estrofe quando o poeta fala “Verdejante calmaria / Jazer serena no mar / (...) / Desabrocham as flores”, é como se estivesse numa maternidade dando a luz, no silêncio profundo da noite.
Na quarta estrofe é transformado na mais linda visão da natureza misturando o verde de suas cores, com as cores de suas flores, como se fossem um arco-íris.
O poeta José Pastana em toda a sua obra utilizou: metáforas, linguagem bucólica, o lirismo sensual, a nostalgia, o sentimento e o esoterismo que a própria natureza proporcionou.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA


FERNANDES, Francisco, LUFT, Celso Pedro, GUIMARÃES, F. Marques. Dicionário brasileiro Globo. 40 ed. São Paulo, Globo, 1995.
FLORENZANO, Everton. Dicionário EDIOURO francês/português português/francês. 18ª Edição, Ediouro publicações S.A.
LARANJEIRA, Mário. Poética da tradução: do sentido à significância. São Paulo. Editora da Universidade de São Paulo, 1993 – ( Criação e críica; V, 12)..
PASTANA, José Queiroz. Nos céus da vida. Editora Tarso - Macapá, 2003.
RIOS, Dermival Ribeiro. Mini dicionário escolar da língua portuguesa. São Paulo, DCL, 2005.
http://www.aquaforum.com.br/forum/viewtopic.php
http://www.necamachado.blogspot.com
http://www.salveamazonia.sites.uol.com.br/amazon
http://www.comciencia.br/reportagens/amazonia/amaz27.html

Um comentário:

Unknown disse...

eu estava a procura de escritores amapaense para fazer uma pesquisa,tive bastante dificuldade em encontrar e achei aqui parabens pelo blog me ajudou muito.