Livros de Literatura e História do Amapá

Livros de Literatura e História do Amapá
O Benzedor de Espingarda: Paulo Tarso, Nos Céus da Vida: José Pastana, CD Acalantos Poéticos: Pastana e outros poetas, Coletânea (poetas, contistas e cronistas do Meio do Mundo): Org. Manoel Bispo, A Cultura do Amapá em fotografias: Augusto Oliveira versão em Francês Katiúscia Fernades, Amapá: vivendo a nossa história - Maria Emília Brito Rodrigues e Marcelo André Soares

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

POEMA BOTO DE JOSÉ PASTANA


BOTO        

Original: José Queiroz Pastana     

Lá vem o boto,
Deslizando nas águas.
Nas noites de luar
Transforma-se em moço.

Para as festas vai,
De terno branco e chapéu.
Dançar e namorar
As garotas do baile.

Da noitada o curumim,
Vai embora o sonho.
Esquecer o acontecido,
Na vila o comentário.

Nas noites de banzé,
A comunidade se prepara,
Com muito alho no rio
E batidas de remo no mar.

DEAUPHIN D’AMAZONIE (Original: José Queiroz Pastana)
         
Tradução: Edna Bueno, Joana da Paz Silva,
Mackelle Araújo, Sillianne da Silva.

Voilà le Deauphin d’Amazonie
Glisseant dans l’eaux
Dans les nuits de la plaine lune
Se transfigure en garçon.

Aux fêtes il va
En costume blanch et  chapeau
Danser et galantiser
Les jeunes filles du bal.

La soirée le bambin,
Le rêve s’en va.
Oublier ce qui est arrivé,
Dans le villa le commentaire.

En  nuits de  ‘banzé³’
Dans la mer des battues de pagaie
Dans le fleuve beaucoup d’ail
Dans la mer des battues de pagaie.

_________________________
³ - fête populaire

ANÁLISE DO POEMA TEXTO ‘’BOTO’’

Neste poema texto “Boto”, de autoria do poeta José Pastana (2003) analisamos em sua essência, e não na forma. O poema “Boto” é composto de 16 versos, disposto em 4 estrofes.
Nota-se que o poeta fala a respeito do Boto, e suas peripécias, descrevendo uma das grandes lenda da Amazônia.
Nas duas primeiras estrofes o autor dispõe que o boto vai suavemente, aproveitando o mistério das noites enluarado para transformar-se em um ‘belo rapaz’ de terno e chapéu branco, para ir bailar e encantar as moças do baile.
Na terceira estrofe, notamos que o poeta refere-se à conseqüência do encantamento  das moças, que depois do mistério, o boto desaparece deixando um curumim, só resta esquecer e enfrentar os comentários.
Na quarta estrofe o poeta retrata a lenda quando fala “Nas noites de banzé, / A comunidade se prepara, / Com muito alho no rio / E batidas de remo no mar”, o poeta retrata a lenda com autonomia quando fala que moradores espalham alho e agitam o remo no mar, para espantar o boto.
Nesta obra o poeta José Pastana utilizou o esoterismo, o lirismo sensual, quanto referiu-se ao boto na segunda a estrofe.


BIBLIOGRAFIA

FERNANDES, Francisco, LUFT, Celso Pedro, GUIMARÃES, F. Marques. Dicionário brasileiro Globo. 40 ed. São Paulo, Globo, 1995.
FLORENZANO, Everton. Dicionário EDIOURO francês/português português/francês. 18ª Edição, Ediouro publicações S.A.
LARANJEIRA, Mário. Poética da tradução: do sentido à significância. São Paulo. Editora da Universidade de São Paulo, 1993 – ( Criação e críica; V, 12).
PASTANA, José Queiroz. Nos céus da vida. Editora Tarso - Macapá, 2003.
RIOS, Dermival Ribeiro. Mini dicionário escolar da língua portuguesa. São Paulo, DCL, 2005.
http://www.aquaforum.com.br/forum/viewtopic.php
http://www.necamachado.blogspot.com
http://www.salveamazonia.sites.uol.com.br/amazon
http://www.comciencia.br/reportagens/amazonia/amaz27.htm

2 comentários:

Tatiana disse...

Salut!!! tudo bem?? adorei seu blog! estou boba!! eu também sou formada em Letras, mas Francês é muito difícil!parabéns!Congratulations!
Um grande abraço!!!

Joana da Paz disse...

Olá Tatiana!!!!
Tudo bem?
Agradeço por sua visita ao nosso Quiosque de Letras.
Obrigada por gostar do meu trabalho!
Volte outras vezes!!
Um abraço!